quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2016, o ano da zoeira


Um vizinho pula o muro de uma residência fechada para pegar coco. Lá dentro, o homem se assusta com uma cobra. Ele liga para o dono da casa e pergunta se pode ligar para o IBAMA.
Se a história tivesse moral, ele acabaria recebendo a visita da polícia e não do IBAMA.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

No ponto mais alto.



Heitor Monteiro


No alto de um prédio, o homem faz o que for necessário para não ter que descer de um pulo.




Crédito da imagem: https://www.flickr.com/photos/evad310/10854971976

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Um olhar perdido no azul do céu




Heitor Monteiro

O asfalto estava quente, mas ele não tinha como sentir. Seus olhos estavam vidrados no céu azul, mas, sua mente buscava entender o que acontecia. Nem nas últimas fagulhas de lucidez, ele conseguiu compreender que sua cabeça fora decepada pela pancada do carro. 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Level E



O mangá Level E, de Yoshihiro Togashi, autor de Yu Yu Hakusho e Hunter x Hunter, o príncipe de Dogura (nomeado de Ouji) que aparentemente ao aterrissar no planeta terra perdeu a memória. E com essa premissa, Togashi cria pequenos contos que se interligam pela presença de Ouji.

O clima Sci-Fi desse mangá lembra muito ao da trilogia de filme, MIB – Homens de Preto, que também conta a estória de alienígenas que vivem na terra sem conhecimento da maioria dos terráqueos. E isso me agradou nessa obra. É um assunto que da forma em que foi abordado me proporcionou satisfação, pois é curta e sobreviveu bem ao tempo, visto que é um produto lançado inicialmente no Japão na década de 90.

Não vou comentar todas as histórias, que ficaria um texto enorme, mas foi apontar uma que me deixou bastante feliz com a sagacidade do Togashi na história
E que termina de uma maneira sensacional usando de metalinguagem. Foi um toque de quem sabe o que está fazendo. E deixou um largo sorriso no rosto do leitor.

Agora sobre o produto em si que foi lançado no Brasil em março de 2013, com cerca 200 páginas (o último volume tem em torno de 220) em papel brite 52g, capa 4×1 (impressão no verso) e formato 13,5 cm X 20,5 cm, e custando cada edição R$11,90.

O trabalho está bom, mas a Editora JBC deveria mudar completamente esse modos operante. Papel de jornal é coisa do passado quando eles deveriam conquistar um público novo com relação aos quadrinhos orientais. Esses valores de R$11,90 em uma mangá com folha de jornal quase transparente é irreal.

Eles estavam relançando Rurouni Kenshin (Samurai X como ficou conhecido anteriormente no Brasil) por R$ 13,90 com uma folha normal e não estava constatando reclamações sobre a qualidade desse novo papel, então o que custava a eles mudarem logo para o valor de R$ 13,90 todo o acervo e entregar para seu consumidor um produto de qualidade?

Isso é algo a se pensar, pois eu paguei (via assinatura disponibilizada pela editora JBC) por um produto que já estava com a borda amarelada na parte de baixo do mangá que não tinha nem três meses de seu lançamento (é o terceiro volume).

terça-feira, 26 de julho de 2016

Amigo Secreto

Amigo Secreto

                                                                  Heitor Monteio


Amanda estava participando de um amigo secreto.

Ela comprou tudo que seu amigo secreto sonhava em ganhar, mas que tinha vergonha de pedir.

Amanda enviou o presente em novembro. Ela queria que seu amigo recebesse antes do natal.

O amigo de Amanda recebeu o presente. 

Ele chorou. 

Tudo o que ele queria estava naquele embrulho. Ele não tinha do que reclamar. 

Mas ele chorou. Ele tinha um compromisso inadiável.

Amanda nunca recebeu o presente de seu amigo secreto.


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Death Note




Em desenvolvimento, o filme americano em live action, baseado no mangá Death Note. Os atores foram escolhidos, e Nate Wolf (Cidade de Papel) foi escolhido para interpretar Light Yagami, e a atriz Margaret Qualley (The Leftlovers) será Misa Amane. As filmagens ainda não começaram, mas acredita-se que a Netflix assumirá esse projeto. 











quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Vamos parar de hipocrisia?



Ontem, todo um "mimimi" rolou por horas, em um grupo de torcedores de futebol, sobre "quem canta vitória?" Por isso eu resolvi pedir para a hipocrisia parar.
Cantar vitória é eu dizer que meu time vai ser campeão, né? Não me sinto constrangido em contar com vitórias do meu time. Não sou torcedor que só emerge e aparece nos momentos de destaques. Não que isso me faça mais torcedor do que alguém que se acovarde e desapareça quando seu time sofre um revés.
Eu acredito no meu time mesmo quando ele ninguém acredita. E eu vou me censurar de gritar que vamos ser campeão? Não! O título já é do meu time, que os outros tirem, mas até lá, tudo é nosso.
Em 1995, eu tinha certeza que mesmo com a derrota por 2 a 1 no primeiro jogo, o meu time ia reverter a situação. O time me deu essa convicção. Mas eu não sou tolo. Eu sei que não existe certeza absoluta, a não ser aquela que já concretizada. Em campo, no segundo jogo, o time teve uma série de decisões do trio de arbitragem que modificaram o resultado final. O que eu pensava ser certeza se demonstrou um equivoco. Paciência!
Explicado o meu modo de pensar sobre como eu devo torcer se ter um pé na pequenez, eu volto a comentar sobre como é feio viver como hipócrita.
Baseado nas técnicas teóricas de porra nenhuma, eu vejo uma inundação de comentários decretando, ou cantando, o rebaixamento do meu time.
Então os senhores que cantavam a derrocada do Santos deveriam calar-se para todo o sempre? Ou quem sabe parar de bater no peito e se dizerem entendedores de algo relacionado ao futebol?
Devia a floricultura, ou estava com celulares institucionais cortados, jogadores pedindo para sair pela portas do fundo? Sim! Mas isso não qualifica ninguém a ser rebaixado. Ou alguém explica, como o time do Palmeiras, que estava com todos os salários em dia, precisou que o Santos o salvasse em 2014 para não ser rebaixado? Eu pergunto e explico, o time era ruim, mas salário não faz um time vencedor. O que faz de um time vencedor é algo a mais.
O Santos sempre teve uma categoria de base que esteve presente quando o time mais precisou. É o que sempre ajudou no momento de aperto. Eu tinha certeza que seria um ano difícil, mas que estaríamos longe de ter um final infeliz.
O ano foi superior ao que eu projetava. Vencemos o campeonato paulista, brigamos por uma vaga na Libertadores por duas competições. Perdemos o título da Copa do Brasil. E é óbvio que eu tinha como certeza esse título. O time do Palmeiras é inferior tecnicamente ao Santos. Mesmo eu sabendo que o futebol, o melhor nem sempre vence, eu nunca vou dizer que o time inferior vai ganhar do meu time. A falsa modéstia é tão feia quando a arrogância.
Nunca vão me ouvir dizendo que meu time é inferior ao time rival. Mesmo quando o Santos começou a tropeçar no início do campeonato brasileiro. Quem viu os jogos sabia que era questão de momento para o time começar engrenar depois do paulista.
Enquanto vocês riam, e cantavam essa vitória, eu mantinha a calma e continuava (Keep calm and carry on), eu tinha certeza que vocês teriam que engolir essa zombaria.
A derrota da copa do brasil foi trágica, e não só por não poder participar da Libertadores, ou por perder para um time sem padrão tático, mas, também, porque os que vomitavam o rebaixamento comemoraram.
Os hipócritas que agora querem dizer que cantar vitórias antes do fim é errado. Parem com a hipocrisia.